Produção industrial CAI em 10 dos 15 locais pesquisados em abril

Author
Published junho 13, 2023
Produção industrial CAI em 10 dos 15 locais pesquisados em abril
Produção industrial CAI em 10 dos 15 locais pesquisados em abril

produção industrial brasileira voltou a encolher em abril, após avançar no mês anterior. O recuo de 0,6% registrado em abril é o terceiro de 2023, visto que a indústria só cresceu em março (+1,1%) neste ano.

Esse é um péssimo resultado, pois a indústria figura como um dos principais setores econômicos do país. Assim, quanto mais quedas o setor registrar, significa que mais fraca está a atividade econômica brasileira.

Aliás, nos últimos sete meses, a produção industrial só conseguiu crescer em dois deles: março deste ano e outubro de 2022. Nos demais meses, o resultado caiu ou ficou estável, na comparação com o mês anterior.

Por falar nisso, o recuo da produção industrial não foi apenas em relação a março. Da mesma forma, a produção também encolheu na comparação com abril de 2022 (-2,7%). Isso mostra que o desempenho industrial do país vem enfrentando muitos desafios para se manter no campo positivo em 2023.

Em resumo, a atividade industrial está 2,0% abaixo do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. Em março, a diferença era de 1,9%, ou seja, a produção industrial aumentou levemente as perdas acumuladas desde o início da crise sanitária, mostrando que é preciso voltar a crescer para superar todos os impactos provocados pela pandemia.

Além disso, a produção industrial brasileira está 18,5% abaixo do patamar recorde registrado em maio de 2011. Em março, a diferença era de 17,9%, o que reflete a piora do setor em abril.

Todos esses dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica teve início em janeiro de 2002 e, de lá pra cá, informa o desempenho da produção industrial do país mensalmente.

Queda da indústria fica disseminada

De acordo com a PMI, 16 dos 25 ramos industriais registraram resultados negativos em abril. Da mesma forma, duas das quatro grandes categorias econômicas pesquisadas pelo IBGE também fecharam o mês em queda, na comparação com março.

Em abril, os setores que exerceram os principais impactos negativos na produção industrial brasileira foram:

  • Produtos alimentícios: -3,2%;
  • Máquinas e equipamentos: -9,9%;
  • Veículos automotores, reboques e carrocerias: -4,6%.

A atividade de produtos alimentícios foi responsável pelo maior impacto negativo na indústria brasileira em abril. Em suma, esta é a quarta queda consecutiva na produção do setor, que acumulou uma forte perda de 7,3% no período.

Aliás, o resultado só não foi pior graças à retomada do crescimento de carnes de bovinos, que foi bastante impactada pela suspensão das exportações da proteína para a China.

A segunda maior influência negativa veio do setor de máquinas e equipamentos, cuja queda eliminou o crescimento de 6,7% registrado em março. A saber, a queda ficou disseminada nos principais grupamentos do setor, o que explica o tombo de 9,9% em relação a março.

Por sua vez, o terceiro maior impacto negativo veio de veículos automotores, reboques e carrocerias. O resultado sucede dois meses de variação nula. Inclusive, a queda na produção de “automóveis e caminhões, que são os itens de maior peso na atividade”, derrubou a taxa mensal do setor.

Produção industrial acumula queda de 1,0% em 2023Produção industrial acumula queda de 1,0% em 2023. (Imagem: Pixabay).

Atividade industrial cai em dez locais

A produção industrial do país encolheu em abril devido à queda registrada em dez dos 15 locais pesquisados. Em suma, os recuos disseminados puxaram a taxa nacional para baixo no mês.

Esse espalhamento regional da retração da indústria é reflexo de uma atmosfera ainda de incertezas no setor“, explicou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

A conjuntura que o país atravessa, uma inflação ainda elevada, um desemprego ainda em um patamar considerado alto, com contratações ainda aquém do necessário impacta diretamente o poder de compra das famílias, e por consequência, a cadeia produtiva da indústria“, acrescentou.

Confira quais locais que tiveram os maiores recuos percentuais em abril:

  • Amazonas: -14,2%;
  • Pernambuco: -5,5%;
  • Ceará: -3,7%;
  • Minas Gerais: -3,0%;
  • Região Nordeste: -2,4%;
  • Paraná: -2,2%.

Segundo Almeida, a forte queda registrada na produção industrial do Amazonas “é explicada pelo desempenho aquém do setor de equipamentos informática e de eletrônicos, bastante influentes no estado“. A retração em abril interrompe quatro meses de crescimento, período em que a indústria amazonense acumulou ganhos de 22,3%.

No caso de Pernambuco, o resultado negativo veio após três meses de crescimento, período em que teve um ganho acumulado de 33,5%. “Houve pressão dos setores de veículos e de alimentos“, explicou Bernardo Almeida.

Do lado das altas , os únicos locais a registrarem taxas positivas em abril foram:

  • Rio Grande do Sul: +2,2%;
  • Bahia: +1,1%;
  • Santa Catarina: +1,1%;
  • Pará: +0,3%;
  • Mato Grosso: +0,1%.

O IBGE revelou que o Rio Grande do Sul registrou a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando alta de 8,1% no período. No entanto, a produção industrial gaúcha ainda se encontra 1,9% abaixo do nível pré-pandemia e 14,8% abaixo do patamar mais alto da série histórica, registrado em outubro de 2013.

Indústria nacional está negativa em 2023

Com o acréscimo do avanço mensal, a produção industrial aumentou as perdas acumuladas no ano. O resultado acumulado no primeiro quadrimestre de 2023 ficou 1,0% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.

Nessa base comparativas, as maiores quedas vieram de Rio Grande do Sul (-8,7%), Ceará (-4,7%), Santa Catarina (-4,5%) e Pernambuco (-4,1%). Aliás, apenas seis dos 18 locais pesquisados acumularam taxas positivas no ano: Amazonas (+11,2%), Minas Gerais (+6,5%), Rio de Janeiro (+3,4%), Maranhão (+1,7%), Mato Grosso do Sul (+0,6%) e Rio Grande do Norte (+0,6%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses até abril, a taxa caiu 0,2% no Brasil. Em resumo, dez locais tiveram resultados negativos, com destaque para Espírito Santo (-9,7%), Pará (-6,1%), Pernambuco (-4,9%) e Ceará (-4,4%).

Em contrapartida, os únicos avanços vieram de: Mato Grosso (+9,9%), Amazonas (+7,6%), Rio de Janeiro (+3,5%), Minas Gerais (+1,3%) e São Paulo (+0,2%).

Por fim, a PIM Brasil produz indicadores de curto prazo desde a década de 1970, segundo o IBGE. Em síntese, o levantamento analista o comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.



from Notícias e Concursos https://ift.tt/Mwkd6iJ
via IFTTT

Postar um comentário

[ADS] Bottom Ads

Copyright © 2021